24 de fev. de 2010

De tanto "Blah Blah Blah", o clipe vazou!


> "Blah Blah Blah" é o segundo single da meteórica carreira de Ke$ha que acaba de vazar na net. Depois de passar 9 semanas no topo da Billboard com Tik Tok, a cantora pseudo-sempre-bêbada de L.A. uniu forças com o 3OH!3 para criar a faixa que na semana de lançamento do Animal, álbum de estréia de Ke$ha, chegou ao 1º lugar no iTunes e alcançou a 7ª posição no Hot100. Na verdade, Ke$ha só vem para ratificar a tendência desse início de década: tudo é rápido, eletrônico, sexy e efêmero. Da noite para o dia, ou de um ano para outro, surgem e se apagam estrelas e talentos, portanto, nada mais lógico do que dar o máximo e extrair tudo do público enquanto sua luz ainda brilha, ou seja, nada diferente do que essa maluquete tem feito!


>  É nessa atmosfera de estrela-dos-tablóides que Blah Blah Blah começa com um "conhecido" da cantora implorando para entrar em uma das festas super badaladas de L.A. na qual a "nova estrela" está presente. Engraçada é a menção ao TMZ que ele faz na hora de tirar a foto com ela e começar a fazer aqueeele blábláblá de quem quer ser famoso e na verdade é o maior anônimo fracassado. A punição? Tooome fita adesiva no corpo todo! Um pouquinho depois, a duplinha que mistura hip-hop e dance com humor e fez barulho em 2009 aparece e algumas cenas típicas dos clipes do 3OH!3 me revelam algo interessante: ELA É A VERSÃO FEMININA [E SOLO] DELES! Ok, agora eu feri o ego dos que apreciam e já simpatizaram de cara com essa fofuuuura de menina. Além do mais nos clipes deles ninguém aparece voando suspenso por um cabo elástico no maior estilo atração-de-shopping né? 


Nota: para quem não sabia que TMZ é um blog com fofocas, notícias e milhares de fotos tiradas por paparazzi do mundo das celebridades, ainda há tempo. Wikipedia e Google estão aí pra isso não é mesmo?


> E aproveitem enquanto o vídeo ainda está no ar no Youtube.


19 de fev. de 2010

Para quem está no topo, o futuro é agora!


> Se pudéssemos resumir em uma única palavra a proposta do último cd do Black Eyed Peas, com certeza seria FUTURISTA. Depois de dominar as paradas em dezenas de países com Boom Boom Pow, I Gotta Feeling e Meet Me Halfway, a ambição deles não para por aí. A prova disso é o genial, criativo e caro videoclipe do 4º e 5º singles do The E.N.D. (Energy Never Dies), Imma Be e Rock That Body. É a primeira vez que vejo um clipe trabalhar dois singles [por completo] simultaneamente. Diferentemente das comuns inclusões de partes de alguma faixa do álbum em videoclipes, o BEP fez 10 minutos de "Imma Be Rockin' That Body" [nome que reúne as duas faixas interligadas]. E as referências estão por todo lugar: um pouquinho de Transformers, uma pinta de super-heróis, teletransporte espacial à là Power Rangers; até os dançarinos vestidos de bonecos-alto-falante que podem ser vistos em suas apresentações e surgiram no clipe [ganhador do Grammy por Melhor Vídeoclipe] Boom Boom Pow marcaram presença. Enfim, ELES PODEM!


> Não é para menos, afinal, nessa semana eles conseguiram colocar seus dois megahits Boom Boom Pow e I Gotta Feeling num patamar invejável: são o 3º e 4º singles a atingirem a marca dos 5 milhões de downloads nos Estados Unidos, marca atingida somente por Low, de Flo Rida e Just Dance, de Lady Gaga. Até na França, onde os artistas americanos recebem menor prestígio e dificilmente superam seu sucesso em países como Inglaterra e Alemanha, o BEP está há 11 semanas com seu álbum no topo das paradas fazendo deles, definitivamente, os artistas internacionais mais populares por lá nesse momento. Pois é, se a inovação tem um preço, com certeza o Black Eyed Peas pode pagar. Assistam "Imma Be Rockin' That Body".

18 de fev. de 2010

The Brits



> "The Brits" é como os Europeus, sobretudo os ingleses, se referem à sua própria versão do Grammy. O Brit Awards é uma premiação feita pela Indústria Fonográfica Britânica desde 1977, ocorrendo anualmente no mês de Fevereiro em Londres. O nome "Brits" que originalmente fazia referência a "british" (britânico), hoje em dia representa a sigla da British Record Industry Trust que apóia os jovens estudantes de música da Brit School em Londres. Esse ano a premiação tem um gostinho especial, pois, eles comemoraram 30 anos de formato Brit Awards [apesar de já em 77 a academia ter iniciado a premiar os melhores artistas britânicos do ano] , tendo por esse motivo, criado as categorias de Melhor álbum e Melhor performance BRITS dos 30 anos, repremiando um cd e um single que já brilharam em noites de anos antecedentes. A lista de prêmios envolve categorias britânicas e internacionais e, diferentemente do Grammy, todos os prêmios são televisionados, afinal, somou-se um total de 14 estatuetas a serem entregues no BRITS de 2010, enquanto que no Grammy o número supera a marca de 100. 


> Quanto aos artistas, Lady Gaga foi o grande nome da noite, ganhando 3 das 3 indicações que recebeu por Artista Revelação, Álbum Internacional do Ano e Artista Feminina Internacional do Ano. Visivelmente emocionada, Gaga agradeceu, mais uma vez, aos seus 'monstros' por todo o apoio e amor que lhe fazem seguir em frente na carreira. Contudo, apesar da noite de rainha que teve nesta terça-feira, a apresentação de Gaga deu o que falar antes mesmo de iniciar as primeiras notas de Telephone no piano. Antes da premiação, saíram notas de que a equipe de produção do Brits estaria chateada com o fato da nova-iorquina ter decidido mudar o seu número cujo custo girava em torno de £100,000. Por consequência, a apresentação de Gaga que havia sido marcada para ser a de maior destaque e produção da noite, foi alterada e o foco da noite ficou com Cheryl Cole, ex-vocalista da girl-band britânica Girls Aloud. Ainda com escassez de recursos, Gaga foi aplaudida exaustivamente após cantar Telephone em versão acústica no piano e versos alterados especialmente para homenagear Alexander Mcqueen [estilista ícone da moda encontrado morto no último dia 11], mesclada com Dance In The Dark, faixa do seu último lançamento The Fame Monster.




> Outra estrela que brilhou na noite foi Lily Allen. A cantora entrou no palco montada em um foguete, com a bandeira da Inglaterra ao fundo no telão, e muuita vontade de ser diva. Pelo jeito funciona por lá né, além de ter cantado seu mini-hit The Fear, saiu com o prêmio de Melhor Cantora Britânica nas mãos. 


> Cheryl Cole, cantora pop ex-Girls Aloud e jurada do maior programa de TV do Reino Unido, X-Factor, mandou tão bem nas coreografias, aparência e figurino quanto tem mandado nas paradas de singles e álbuns mais vendidos. No entanto, mesmo sabendo que o orçamento da sua apresentação foi salgado, definitivamente, fazer a Britney na maior premiação da música britânica cantando playback certamente não pegou bem. O que posso concluir depois de ver as maiores "cantoras" da noite Lily Allen e Cheryl Cole fazerem suas apresentações é algo redundante: o Reino Unido tem mais chance com bandas ou artistas masculinos do que com cantoras solo. 




> Quem também deu as caras na maior noite da música britânica foram 2 americanos com muito gingado. Jay-Z, que ganhou o prêmio de Melhor Cantor Internacional cantou seu grande sucesso [agora na Europa também] Empire State Of Mind ao lado de Alicia Keys, cujo álbum The Element Of Freedom encontra-se há duas semanas no 1º lugar de álbuns mais vendidos no U.K.

Melhor Cantora Britânica: Lily Allen
Melhor Cantor Britânico: Dizzee Rascal
Revelação Britânica: JLS
Melhor Grupo Britânico: Kasabian
Melhor Single Britânico: Beat Again - JLS
Melhor Álbum Britânico: Lungs - Florence & The Machine
---------------------------------------------------------------
Álbum BRITS dos 30 anos: Morning Glory - Oasis
Performance BRITS dos 30 anos: Wannabe/Who Do You Think You Are - Spice Girls (BRITS 1997)
---------------------------------------------------------------
Melhor Cantora Internacional: Lady Gaga
Melhor Cantor Internacional: Jay-Z
Revelação Internacional: Lady Gaga
Melhor Álbum Internacional: Lady Gaga

15 de fev. de 2010

A PALAVRA É I-NES-QUE-CÍ-VEL


> O título do post? Ah, eu fui pro show de Beyoncé em Salvador. Sério? Sério! Como foi? Foi perfeito... E é assim que eu me refiro a um dos melhores, senão o melhor, show que eu já fui na minha vida. Ok, a concorrência não é tão grande assim, admito. Esse é o primeiro show de uma grande cantora Pop a que assisto, portanto, Alanis, Elton John, James Blunt, James Morrison, Kelly Clarkson e The Fray não estão no mesmo patamar. O espetáculo de Beyoncé foi sim impecável e doa a quem doer, ela é muito carismática, simpática, fofa e [que surpresa] ESPONTÂNEA. 

> As horas que antecederam o início do megashow foram resumidamente EXAUSTIVAS e me fizeram questionar se aquela seria a última vez em que me submeteria a tal desrespeito com o fã brasileiro. Afinal, é assim que resumo a experiência quase unânime que os fãs daqui passam sempre que se dispõem a gastar dinheiro, tempo e energia para se espremer e assistir aos 120, que mais parecem vinte, minutos em que sua DIVA está no palco. A organização do evento foi, como já era de se esperar, vergonhosa e o tumulto causado na hora da abertura dos portões é a prova de que: 1. o Brasil ainda não tem experiência em logística suficiente para administrar shows dessa magnitude [sobretudo e principalmente em salvador] e 2. os baianos, nordestinos e brasileiros em geral são MAL-EDUCADADOS e seeempre querem se beneficiar em detrimento dos outros.


> É, eu tinha que meter o pau ¬¬'. Ok, agora a parte legal. Eu fiquei na pista Vip, especificamente na ponta do palco secundário chamado de B-Stage. Lá tive a oportunidade de contar a quantidade de gotas de suor na testa de Bey, desgastar minha garganta, me emocionar e sentir de perto a presença encantadora dessa cantora de 28 anos no pico de sua carreira, graças aos 2 METROS DE DISTÂNCIA que nos separava. Como fiquei na ponta do losango que compunha o B-Stage, a visão foi bastante privilegiada. De lá pude ver o palco principal na minha frente o tempo todo e a visão estava limpa, graças à altura infantil da única pessoa que me separava da grade. 

> Foi de lá que eu ouvi os gritos mais ensurdecedores EVER quando as cortinas se abriram e a linda começou com um trecho de Deja Vu à capela ["baaaaabyy, seems like everywhere I go I see you..."]. Pronto, introdução feita, veio a batida viciante de Crazy In Love e seus trompetes inconfundíveis. Sem nos dar tempo para respirar, emendou Naughty Girl e Freakum Dress que, ao vivo, fica do caraaaalho. Uma paradinha para interagir com a platéia [leia ficar impressionada com o público fervente e dizer uns 3 "uaus"] e puxar Get Me Bodied junto com a platéia. 




> No segundo segmento do show, uma acalmada nos nervos com músicas que, na minha opinião, poderiam ter sido intercaladas com outras mais rapidinhas. Os primeiros versos de Smash Into You surgem com Beyoncé nesse modelito e as imagens no telão-mais-nítido-que-já-vi nos fazem acreditar que ela está, realmente, debaixo d'água. Ave Maria é o momento auge do show para quem foi lá ouvi-la cantar, afinal, não somente cantou os versos de sua própria versão de Ave, como também incorporou partes de Angel, Sarah Mclachlan e por fim, terminou a música cantando sua versão original em latim, exatamente como fez no prêmio BET 2009. Broken-Hearted Girl é a última do momento baladas e entrega o momento romântico para If I Were A Boy




> É, depois do Grammy todo mundo ficou sabendo que ela canta You Oughta Know no meio de IIWAB, mas, pelo que vi, só eu sabia cantá-la [#orgulhodemim]. Depois do momento revoltada, hora da DIVA entrar em ação deixando a galera novamente em polvorosa com a bateria de Diva e Beyoncé se quebrando toda depois do "no passangers on my plane". Troca de roupa feita, é hora da famosa roupa de moto. As dançarinas com a roupa-cor-de-catarro surgem no alto da escada junto a "beyoncé e sua moto" para cantar Radio, Ego e Hello. Depois disso, o seu grupo de backing vocals chamado The Mamas vem nos dar uma enroladinha até ela trocar de roupa e vir pro B-stage. 



> E é ao som de Baby Boy que ela chega até nós, graciosa, sorridente, simpática e emocionada com a bandeira no Brasil em mãos e colar de micareta envolto no corpo. O famoso B-stage foi o responsável por eu voltar atrás na minha decisão de nunca mais ir a um show internacional dessa dimensão no Brasil, não só por tê-la visto de perto, mas porque a troca que é feita entre ela e o público é impressionante! Todo mundo que estava nas redondezas do B-stage gritou MUITO quando ela chegou e foi se formando um paredão de pessoas ao redor do palco. A sinestesia do público chegou ao ponto máximo quando, em coro geral, cantamos Irreplaceable do início ao fim. Check On It e as mungangas-de-negona com o chiclete na boca vieram logo em seguida e, posteriormente, o clássico DC Medley onde ela revisita alguns sucessos do Destiny's Child. 


> Os escolhidos foram Bug A Boo, Bootylicious e Jumpin' Jumpin'. No momento mais 'guetto' do show, Upgrade U vira trilha sonora das caras e bocas no maior estilo rapper da mulher nascida em Houston, Texas enquanto que Video Phone e a famosa coreografia da cadeira se materializam ali na nossa frente. Say My Name finalmente faz a noite de alguém mais inesquecível ainda, pois, se trata do momento do show em que ela escolhe alguém da platéia para perguntar, e repetir, o seu nome. Em São Paulo foi Samyr, em Floripa foi José Alexandre, no Rio Cauê e Roberta e em Salvador foi Ícaro.


> E a alegria durou MUITO POUCO. A sequência no B-stage chegou ao fim e depois de trocar de roupa, foi a hora de satisfazer os espectadores-da-modinha com, provavelmente, seus dois maiores sucessos no Brasil: Single Ladies e Halo. Preciso falar que a platéia veio abaixo? Acho que não. Os passos de SL visivelmente não tinham a mesma explosão que os das músicas do começo do show por motivos óbvios, mas, a dobradinha funcionou perfeitamente para fechar o show com chave de ouro e gostinho de quero mais. 

Clipes, Again =p



We Are The World - 25 for Haiti

> Sim, fizeram um remake do grande single de sucesso We Are The World [composta por Michael Jackson e Lionel Richie] da década de 80 que angariou fundos [leia milhões de dólares] para o projeto USA For Africa. Vários artistas como Celine Dion, Lil Wayne, Fergie, Will.i.am., Kanye West, Nicole Scherzinger, o hit maker haitiano Wycleaf Jean, Jennifer Hudson, Josh Groban, Barbra Streisand, Tony Bennett, Janet Jackson, Miley Cyrus, Enrique Iglesias, Mary J. Blige, Jamie Foxxx, Adam Levine, Pink, Usher, Randy Jackson, Vince Vaughn, Toni Braxton, Akon e vários outros se uniram para regravar, no mesmo estúdio, a canção originalmente produzida por Quincy Jones há 25 anos.



Everybody Hurts - Haiti 

> Na Europa também houve a mobilização dos artistas para a causa do Haiti. O resultado foi uma versão do grande sucesso do R.E.M. [aqueles que cantam Losing My ReligionEverybody Hurts. Na versão européia, a pegada é bem mais dramática e os artistas aparecem por poucos segundos enquanto imagens dos feridos no terremoto nos emocionam. Ao final, a mensagem positiva e de esperança fica clara ao mostrar o bem sucedido resgate da haitiana que sobreviveu depois de passar quase uma semana sob os escombros. Leona Lewis canta o primeiro verso de Hurts e depois podemos ouvir as vozes de Mariah Carey, Bon Jovi, Rod Stewart, Susan Boyle, James Blunt, James Morrison, Robbie Williams, entre outros. 



Leona Lewis - I Got You


> Por falar em Leona Lewis, saiu o 2º clipe do seu [infelizmente flopado] segundo cd Echo. I Got You tem sim mais potencial que Happy para fazer sucesso já que foge da tentativa de repetir a fórmula de Bleeding Love. Porém, em termos de videoclipe, Happy dá de 10 a 0, afinal, eu não entendi muita coisa e nem sei porque enquanto todos no video parecem estar à beira de um ataque de nervos Leona aparece com um sorriso gracioso de "nosso amor é lindo". De qualquer forma, os maquiadores podem se vangloriar pois, estas são, sem dúvida, as melhores imagens de Leona até hoje, inclusive, a gente quase acredita que ela é assim linda sem maquiagem. =p 


Rihanna - Rude Boy

> Visivelmente inspirado por elementos visuais da década de 80, Rihanna surge mais sexy do que nunca em Rude Boy, 3º single do seu cd Rated R. Acho que dessa vez a gente sentiu que, de fato, ela já é uma mulher com atitude, roupa, caras e bocas próprias. O clipe é bem criativo e diferente de todos que ela já fez mas, talvez, no mundo pop esse tipo de video não funcione muito bem para vender uma música. De qualquer forma, Rude Boy já está mostrando bons números nas rádios e no iTunes. 

7 de fev. de 2010

As lágrimas e os amores da música Country

> Música Country? Sim! E para quem fez cara feia, pode deixar de pré-conceitos e ouvir as músicas citadas no post, afinal, para quem não sabe, Taylor Swift, a artista nº1 dos Estados Unidos no momento, é sim uma artista country em estilo, postura, músicas e voz. Porém, o que Swift fez foi trazer a música country de volta às rádios Pop em larga escala e ainda abrangeu uma faixa etária bem mais jovem que a usual. De qualquer forma, eu não tô aqui para falar de Taylor porque seria muito óbvio.


> A banda do momento é Lady Antebellum, trio country que se lançou em 2008 com o álbum de estréia homônimo e lançou na última semana o seu 2º álbum Need You Now. O segundo cd da banda foi direto para 1º lugar na Billboard e vendeu 481,000 cópias na semana de lançamento em pleno mês de Janeiro, marcado como pior mês em vendas de cd's. Para vocês terem uma idéia, Beyoncé vendeu com o I Am...Sasha Fierce lançado em Novembro [melhor época do ano para lançar cds] apenas mil cópias a mais. Além disso, o single Need You Now, que liderou a parada country por 5 semanas, foi direto para o 1º lugar do iTunes depois da ótima performance da música no Grammy [onde ganharam o prêmio de Melhor Música Country por Grupo pela faixa Run To You, maior sucesso do  álbum de estréia], chegando por mais uma semana ao top10 do Hot100 [algo raro para um artista country]. O som da banda mescla o Country ao Pop de maneira comercial e com qualidade. Como era de se imaginar, a temática das músicas é, na grande maioria, amorosa e o ponto forte da banda é, na minha opinião, o contraste harmonioso das vozes masculina e feminina, se destacando num mercado dominado por artistas solo ou bandas masculinas. 

Clipe de Need You Now


> Assim como o Lady Antebellum, Carrie Underwood [vencedora do American Idol 4] tem contribuído bastante para renovar o cenário da música country americana, trazendo uma sonoridade atual, jovem e ainda notadamente country. O primeiro single do seu 3º cd Play On chegou a 11º lugar no Hot100, mostrando que ela veio para ficar e não se trata de nenhuma modinha. Com Temporary Home, Underwood mostra cada vez mais estar trilhando os caminhos de Faith Hill e Shania Twain, maiores cantoras da música country das últimas décadas. Eu confesso que me emocionei vendo o clipe e, apesar de já ter gostado da música de cara, a passagem quase literal da letra para o videoclipe deu um significado muito maior à música que fala da finitude da vida, celebrando a vida e confortando quem acredita na morte como o fim de tudo.


Clipe de Temporary Home



> Pegando carona na temática de Temporary Home, o Rascal Flatts lançou no ano passado seu sexto álbum Unsttopable tendo como primeiro single a triste Here Comes Goodbye. A faixa que garantiu ao trio mais uma indicação ao Grammy de Melhor Música Country Por Grupo nesse ano [perdeu para o Lady A.] teve um clipe, como já era de se esperar, tendo a morte como temática. Assim como Temporary Home, a cinematografia do video vai além e contextualiza brilhantemente a dor, saudade e relações familiares que são muito bem descritas na letra. Pela primeira vez, o grupo que mescla o country a elementos do Rock, decidiu trabalhar uma música tão densa como primeiro single. Mesmo que a febre Rascal Flatts de 2005 a 2007 tenha passado, a banda ainda é muito relevante para o grande público e se consolidou como um dos grandes nomes do estilo musical. 


Clipe de Here Comes Goodbye

5 de fev. de 2010

Brasil ou Brazil?


> O nome do post é uma referência a esse verdadeiro 'boom' que o Brasil deu nos últimos anos na mídia internacional, seja como referência de turismo, aparições do nosso presidente pop ou simplesmente por ter virado rota das grandes turnês internacionais. Só no período de Outubro 2009 a Abril 2010, teremos (ou tivemos) shows de Metallica, Beyoncé, Coldplay, Akon, Joss Stone, Cranberries, The Killers, AD/DC, Jason Mraz, Beach Boys e Franz Ferdinand... nada mal hein? 


> Como se não fosse o bastante, o carnaval brasileiro vai atrair ainda mais estrelas. Beyoncé, que já está em terras brasileiras e se apresentará ainda em São Paulo no dia 6, no Rio de Janeiro nos dias 7 e 8 e por fim em Salvador no dia 10, se encontrará com Madonna no Rio de Janeiro para um almoço no Hotel Fasano e de quebra, gravará um videoclipe da música que gravou em parceria com Alicia Keys Put It In A Love Song do último álbum de Keys, The Element Of Freedom.


> E não para por aí... há rumores de que parte do elenco do seriado americano Glee (vencedor do Globo de Ouro 2010 por melhor série de comédia) passará o carnaval em Salvador e causará muuito burburinho em cima do camarote Oceanic. Leonardo di Carpio, Paris Hilton e Gerard Butler  são outros nomes de peso que estão cotados para aparecer nos camarotes vip do carnaval carioca. É, pelo jeito o Brasil já vai estar em evidência antes mesmo das Olimpíadas de 2016. \o/

1 de fev. de 2010

Ladies and Gentleman: The Queen Beyoncé


> Não dá pra negar, a academia adora Beyoncé e, se você não acha, talvez os 16 Grammys [eu disse 16] que ela acumulou em quase 13 anos de carreira o convençam disso. Beyoncé recebeu 6 do total de 10 indicações no 52º prêmio Grammy, transmitido direto de Los Angeles no último Domingo, 31 e, além disso, teve uma das apresentações com maior destaque e produção da noite já que era, inevitavelmente, a performance mais aguardada do evento. Ah, vale informar que depois de Domingo, Beyoncé quebrou o recorde de maior número de Grammys por uma artista feminina em só uma noite ao receber as 6 estatuetas.


> Com um vestido e visual que mais parecia um empréstimo de Lady Gaga, Bey entrou acompanhada de um 'exército' de dançarinos e se dirigiu, com a maior pose de DIVA possível, ao centro do palco para começar os versos de If I Were A Boy [1º single do seu álbum I Am....Sasha Fierce]. Até aí, nada novo, mas, a surpresa ficou mesmo para a interrupção no meio da música de um trecho de You Oughta Know [grande sucesso de Alanis Morrissette vencedor do Grammy de Melhor Performance Vocal Rock Feminina em 1996]. É, os passos de dança ao final e o jogo de bate-cabelo à là Joelma convenceram mais do que a atitude pseudo-rock&roll que ela trouxe para a música, no entanto, os vocais foram, mais uma vez, brilhantes e a presença de palco e controle do público foram, como era de se esperar, impecáveis. Bom, resumindo, o  balanço-geral para a cantora de Houston, Texas foi:

*Canção do Ano [Song Of The Year] - Single Ladies
*Melhor Performance Vocal Pop Feminina - Halo
**Melhor Performance Vocal R&B Feminina - Single Ladies
**Melhor música R&B - Single Ladies
**Melhor Álbum R&B Contemporâneo - I Am...Sasha Fierce
**Melhor música R&B Tradicional - At Last

*Prêmios entregues na cerimônia
**Prêmios entregues na pré-cerimônia

> E você deve estar se perguntando o porquê de Single Ladies ter ganho Canção do Ano, um prêmio que avalia as letras e a melodia da música, e não Gravação do Ano, que leva em conta os vocais e produção como um todo. Eu também não entendi! Mesmo porque quem ganhou Gravação do Ano foi Kings Of Leon com Use Somebody e Single Ladies nem indicada a essa categoria foi, tendo sido substituída por Halo


> Ok, e Lady Gaga? Apesar de nenhum dos seus 2 Grammys (por Melhor música Dance com Poker Face e Melhor Álbum Dance por The Fame) terem sido televisionados, ela foi muito bem notada ao abrir a premiação com Poker Face [em um harmonioso jogo entre versões lenta e rápida da faixa indicada a Canção e Gravação do Ano] e em seguida sacou Speechless no piano em frente a ninguém menos que Sir Elton John, que não hesitou em incorporar à atmosfera "monstruosa" que inspirou o último cd The Fame Monster, versos do seu grande sucesso Your Song. Foi MASTER !!! [ou Monster?]


> Na maioria das premiações há a zebra que ganha um prêmio que ninguém imaginava certo? Já no Grammy desse ano a zebra conquistou algo diferente. Apesar de não ter ganho nenhum dos 2 Grammys aos quais foi indicada, Pink foi, sem dúvida, A SURPRESA da noite no quesito apresentação. Também não era para menos: Pink reproduziu em plena premiação um dos números da sua super bem-sucedida turnê Funhouse Tour cantando Glitter In The Air suspensa [e girando] em um tecido, sendo levada até a agua e realizando acrobacias de tirar o fôlego, e o foco da música, tamanha foi a qualidade da interpretação e performance mostradas. A recompensa? Uma platéia aplaudindo-a de pé impressionada e sua faixa chegando quase ao top10 do iTunes [até agora]. 



> Vale salientar algo que gostei muito na premiação desse ano, diferente do que acontece comumente na premiação, esse ano os 4 maiores prêmios foram dados a 4 artistas diferentes: Gravação do Ano ficou com Kings Of Leon, Canção do Ano foi para Beyoncé, Artista Revelação foi para Zac Brown Band e, finalmente, o prêmio mais cobiçado da noite foi para Taylor Swift. Confesso que fiquei um pouco indignado sim pois, apesar de achar o álbum dela brilhante e divisor de águas no novo mercado country teen, achei que álbum do ano no Grammy foi demais. Talvez a academia tenha se deixado levar pelo mais de 5 milhões de cópias vendidas, os 4 hits que já soma o Fearless e o fato de Taylor ser, nesse momento, a artista mais popular do país. 

> De qualquer forma, não acho que nenhum dos 5 álbuns de fato MEREÇA o prêmio [principalmente Gaga e Black Eyed Peas, os mais improváveis de vencer nessa categoria], talvez o Dave Matthews Band mereça pela bagagem, anos de carreira e qualidade já carimbada no projeto deles, muito embora, quem acompanhou um pouco a carreira deles sabe que esse não é seu melhor trabalho; já Beyoncé teria feito por merecer se tivesse retirado algumas faixas enchedoras-de-linguiça que comprometeram o, reconheço, excelente 3º álbum solo. Quando a gente olha para trás e vê os álbuns que já ganharam o maior prêmio da noite, nos deparamos com nomes como Carlos Santana, Celine Dion, U2, Norah Jones, Herbie Hancock, Dixie Chicks, Lauryn Hill, Ray Charles, Outkast e Bob Dylan; logo, fica até difícil a gente colocar uma iniciante de 20 anos junto desse grupo. Ao todo, Taylor conseguiu 4 Grammys somando à estatueta de álbum do ano os prêmios de Melhor Música Country por White Horse, Melhor Performance Vocal Pop pela mesma faixa e a previsível vitória em Melhor Álbum Country. 






> Quem também roubou a cena, apesar de não ser um dos grandes destaques da noite, foi o Green Day. Além da inspirada apresentação de 21 Guns, ao lado do elenco que fará parte do espetáculo American Idiot da Broadway, [em referência ao cd de 2004] o Green Day subiu ao palco mais uma vez para receber o prêmio de Melhor Álbum Rock, superando misteriosamente o indicado ao Álbum do Ano, e seu concorrente nessa categoria, Big Whiskey and The Groogrux King do Dave Matthews Band.


> O Black Eyed Peas arrasou novamente na apresentação, trazendo um Medley entre o consagradíssimo hit I Gotta Feeling e o novo single Imma Be, que, devido à performance, pulou para o posto de 2ª faixa mais baixada do iTunes. A banda levou 3 dos 6 Grammys aos quais foi indicada: Melhor álbum Pop pelo The E.N.D., Melhor Performance Pop por Dupla ou Grupo por I Gotta Feeling e Melhor Videoclipe por Boom Boom Pow. Quem também saiu com as mãos bem ocupadas foi o Kings Of Leon que abocanhou 3 prêmios por Use Somebody nas categorias Gravação, Música Rock e Música Rock de Dueto ou Grupo. 


> No momento mais emocionante e tocante da noite, o tributo a Michael Jackson é anunciado por Lionel Richie. No palco, as estrelas Celine Dion, Jennifer Hudson, Usher, Carrie Underwood e Smokey Robinson se uniram aos poucos ao palco para homenagear o premiado da noite por conjunto da obra, ao som de Earth Song, cuja projeção na tela foi feita em 3D. Minutos depois, dois sérios e precocemente maduros filhos do Rei sobem ao palco para receber o prêmio e fazer os discursos pertinentes à cerimônia, emocionando não só a platéia mas o público de casa também. 

> Por fim, Bon Jovi subiu ao palco para cantar 3 músicas: We Weren't Born To Follow [carro-chefe do último álbum The Circle], Who Says You Can't Go Home, em dueto com a vocalista da dupla country Sugarland e Livin' On A Prayer, que venceu uma enquete feita durante a cerimônia para o público decidir entre 3 sucessos do Bon Jovi. 

Links das apresentações