31 de out. de 2010

De volta às origens


> Depois de fazer a camaleoa e provar que seu nome não é singular e sim plural, nada melhor do que voltar ao início, ao ponto de partida e cultivar as raízes que lhe renderam o sucesso. E é isso (e muito mais) que Shakira faz em Sale El Sol. Se a investida não fica clara com o merengue do primeiro single Loca, tem ainda Rabiosa e Gordita para te provarem que o sangue latino não saiu de lá. Ela mesma já disse que quando preparava o álbum se sentiu muito próxima do seu início de carreira, seja nas letras ou nos arranjos que diferem muito do som dance e por vezes reggaetônico que marcou She Wolf, seu último álbum de estúdio.  Acho que todos concordam que seu melhor talento como compositora é escrevendo em espanhol e quanto mais cotidianas e simples elas são, mais verdadeiras, e consequentemente bem-sucedidas, se tornam suas canções. Para os que se queixavam do abandono às raízes latinas e abuso dos quadris, tá aí a resposta. Tem Shakira para todos! Nos Estados Unidos o cd estreou em 7º lugar vendendo pouco mais de 46,000 cópias. O álbum também estreou em 1º em Portugal e na Espanha e alcançou o Top5 na França, Itália, Suíça, Áustria, Polônia, Rússia e Bélgica.


> Mas não é só de latinidade que o novo disco é feito. Das baladas com sonoridade peculiar através do uso de instrumentos menos óbvios que os utilizados por suas contemporâneas como Antes de Las Seis e Lo Que Más, às músicas puxadas pro Rock com bateria e guitarra mais agressivas como Devoción e Tu Boca, passando ainda pelas dançantes Addicted To You e Rabiosa, a Colombiana fala de amor de várias formas e ainda fala de futebol! Sim, a música que concorre ao título de hit do ano em vários países na Europa em 2010 e que permaneceu em #1 por 12 semanas no chart europeu não poderia ficar de fora: Waka Waka reaparece com novo arranjo mais coeso com a sonoridade do novo trabalho. Eu confesso que me viciei nas novas músicas e fiquei feliz em ver o progresso sonoro e lírico em relação ao último cd. Sale El Sol é curtinho, tem um pouco de modernidade e um quê de retorno às baladas românticas que hoje perderam lugar nas paradas e um argumento claro de que o talento corre das cabeça aos pés dessa mulher de pouco mais de 1,50m. Para quem ainda não entendeu a fórmula, eu ajudo: as coreografias são o convite, o corpo a vitrine e as letras são o coração. Alguma dúvida? Aparece em algum show da nova turnê e me diz o que achou.

24 de out. de 2010

"Let's have a toast for the assholes"


> O trecho é do seu single Runaway, e não poderia ser mais autobiográfico. É inevitável, Kanye já virou o ícone dos caras escrotos e que sempre rendem manchetes e títulos de posts em blogs ao redor de mundo sempre que dá alguma entrevista. No entanto, dessa vez ele aparece aqui pelo seu trabalho. Como tinha comentado antes, ele decidiu fazer um "filme" para divulgar o seu cd novo e ele foca a divulgação na música de trabalho Runaway. O resultado foi um filminho de 30 e poucos minutos que narra a trajetória de Kanye e sua ave. É! Ele se apaixona por uma passarinha mega gata que mais parece Ciara menos bronzeada e que usa um figurino muuuito parecido com as passarinhas do Castelo Rá-Tim-Bum! (Passarinho, que som é esse?)


> Parece meio bizarro, você fica com medo do que vai vir a seguir depois da pássara ficar no jardim da casa dele ao lado de uma ovelha e um veado mas não é que eu gostei? A melhor parte de Runaway é quando ele vai apresentar a ave à família e o pai dele finalmente chega e fala a frase mais brilhante do curta: "Do you know that she is a bird?" PUUUTZ!! Aí finalmente chega a parte mais legal, todos levantam uma taça e Kanye sai em direção ao piano. Começa a música e acontece o super trocadilho do "let's have a toast for the assholes" que compõe a letra da música e, enquanto toda a família tem o banquete servido à mesa, chegam as bailarinas pra colocar um pouco de normalidade à meia hora de criatividade pós-moderna que saiu dessa cabecinha problemática de 33 anos. A película tem uma vibe vintage e a fotografia do filme é bem peculiar e casa bem com a temática e proposta do filme. Por favor, qualquer semelhança com a película do clipe novo de Rihanna, Only Girl (In The World) é mera coincidência, ou seria tendência? Bom, ela participou de uma das faixas que faz parte do filme, vai saber né? Veremos!


> Ele assina a direção do filme assim como as letras e a produção das músicas que utilizam muito piano, batidas sintéticas e auto-tune. O Kanye que a gente vê tá todo artístico, musicalmente evoluído e vocalmente mais diverso. Falem o que quiser mas falem dele e falem bem, porque ele é definitivamente mais talentoso que a grande maioria de rappers boca-de-fumo e com pinta de criminosos que a gente vê por aí. Se o clipe de Power não tinha nos convencido de que ele gosta mesmo de arte, agora ficamos sem palavras. O cara é meio louco, mas sabe o que faz. Das faixas bem produzidas, às cenas bem elaboradas, passando pela parada em homenagem a Michael Jackson com o exército de Ku Klux Klan junto da bandinha tipicamente americana fazendo alusão à segregação racial ocorrida no início do século XX; Ruanaway é um must-see pra quem curte as conexões entre mundo pop e arte contemporânea.

17 de out. de 2010

10 anos de muita atitude


> Ela apareceu em 2000 numa época em que bonito era mostrar o umbigo e fazer coreografia. O cabelo era MUITO rosa, ela era MUITO sem modos, cantava um R&B com um pouco de HipHop e conseguiu sucesso suficiente pra chegar a 2 milhões de cópias nos Estados Unidos e repercussão para ser chamada para o trampolim da sua carreira: Lady Marmalade, trilha sonora do filme Moulin Rouge. Até então, ninguém sabia quem ela era e acredito que acharam paradoxal uma cor como o rosa ser representada por uma figura nada meiga, delicada e feminina como a cor sugere. Mas ela não estava nem aí, queria cantar suas músicas, entreter as pessoas e fazer seus desabafos poéticos em forma de música.


> Ok, depois de Lady Marmalade o que fazer? Que tal o maior sucesso da carreira? Isso mesmo! M!ssundaztood é nome do 2º álbum lançado logo depois do megahit no final de 2001. Get This Party Started foi o 1º single que fez a transição do som R&B para o Pop/Rock e a trouxe para o mundo pop, dessa vez com mais destaque, sem ser acompanhada pelos nomes de Lil Kim, Mya e Christina Aguilera. Depois de Just Like A Pill todo mundo percebeu que ela não era apenas mais uma cantora pop e o sucesso se materializou nas 13 milhões de cópias do cd e de lá pra cá ela veio galgando aos poucos, uma carreira brilhante e consolidada. Se Try Tris foi o passo infalso no sucesso comercial, I'm Not Dead foi o melhor remédio anti-flop que ela poderia ter tomado. Assegurou seu sucesso em outros mercados menos competitivos para cantoras pop americanas como a Europa e Oceania (quase um objetivo de jogo de WAR, eu concordo) e conseguiu, depois de muitas línguas, dedos na cara e carinha de esnobe o respeito, carinho e admiração do público.


> Pink é hoje um dos maiores nomes do mundo da música quando se fala em turnês de cantoras pop e ainda maior quando leva-se em conta a qualidade, energia e dinamicidade do seu espetáculo. E é do alto de todas essas conquistas aos 31 anos que essa cantora peculiar, sem precedentes, sucessoras e dona de diversos hits lança nesse fim de ano seus Greatest Hits. E o que fazer pra ele vender? Ah Alecia Moore, lança uma música nova vai? Ah, melhor, lança duas vai! Tá, três? Ok pedido antendido. Raise Your Glass é o single de divulgação da coletânea que já tem clipe gravado, mas, junto com ela virão também Denial e Burning Up. Quer saber a liste de músicas que entraram? Olha aí embaixo ó! O Greatest Hits... So Far!!! sai dia 16 de Novembro e vai vender beeeem muito na Austrália, eu garanto!


Tracklist

Get The Party Started 
There You Go
Don't Let Me Get Me
Just Like A Pill
Family Portrait
Trouble
Stupid Girls
Who Knew
U+Ur Hand
Dear Mr. President (Live at Wembley Arena)
So What
Sober
Please Don't Leave Me
Glitter In The Air
Raise Your Glass
Denial


8 de out. de 2010

Novos hits...

Like A G6


> É só olhar para o Top3 do iTunes Americano e ver que Like A G6 aparece em 2º lugar. Tá certo, mas quem canta isso? O Far East Movement é um grupo Americano formado por descendentes asiáticos em L.A. 2003. Eles fazem um electro-dance-rap-hip-hop. É isso mesmo! Você pega o último cd do Black Eyed Peas, tira a Fergie, puxa os olhinhos do will.i.am. e o apl.de.ap., bota 3 kg de autotunes e tá pronto. Ah gente, não podia perder essa né? Brincadeiras à parte, o quarteto veio pra business mesmo: a faixa está matando nas rádios americanas e tem tudo pra chegar no 1º lugar no Hot100 da próxima semana. E o que danado é G6? É um carro gente. Vai no Google e baba também. Segue o clipe que já foi visto por mais de 6 milhões de internautas.



Runaway X Speak Now




> Pelo jeito vamos ter lavagem de roupa suja nos Charts. Depois do desabafo em pleno VMA, Taylor ainda não terminou a temporada de vingança ao rapper escrotinho. Speak Now é o nome da nova faixa do novo álbum de Swift que foi lançada no iTunes no mesmo dia da música Runaway de Kanye, segundo single do seu novo cd. E adivinha quem ficou em 1º? Será que ele foi na sede do iTunes dizer que a música dele era bem melhor? Chuuuupa Kanye West!!! Bom, a pergunta que não quer calar agora é se com toda essa popularidade Taylor vai conseguir vender 1 milhão de cópias na primeira semana nos Estados Unidos. Bom, Eminem conseguiu 740,000 em um mês não muito bom e o 3º cd de Swift será lançado no final do ano, época com maiores vendas do ano. Quanto a Kanye, todos sabemos que se chegar a 300,000 já é uma vitória mas mais interessante ainda vai ser olhar o "filme" que ele produziu para divulgação do cd novo. Será uma mega produção que funcionará como um clipe gigante dos singles do álbum e cuja trilha sonora conta com 9 músicas inéditas do cd que será lançado no próximo mês. Agora é esperar. Segue abaixo o vídeo da apresentação de Runaway ao vivo no Saturday Night Live, aos moldes da sua apresentação no VMA 2010.