4 de mar. de 2011

American Idol Remix

> Essa já e a 10ª edição e eu já estava ficando cansado do mesmo programa que há 10 anos lança dezenas de novos artistas no mercado é dá um enorme gás na indústria fonográfica americana, seja pelo espaço dado a diversos artistas já consolidados que se apresentam para a audiência de mais de 20 milhões por programa, ou para os novos artistas que assinam contratos milionários (ou não) com grandes gravadoras. A questão é que o American Idol, em sua 10ª edição resolveu inovar e inovou muito bem. Por favor, a fórmula do Simon cri cri, da Paula burra e sem noção e do Randy pouco carismático e ofuscado pelos outros dois cansou e precisava de uma reformulação. Aí eles colocaram Kara Dioguardi que humilhou Paula ao ponto de ela querer sair da banca e ainda fizeram gracinha colocando uma apresentadora em um grupo de jurados de cantores como Ellen Degeneres. Sim, quem não a adora? Mas daí a pedir pra ela julgar talento musical e competência técnica é demais.


> A repaginada veio com Styven Tyler e seu carisma e talento inegáveis e Jennifer Lopez, sua bunda e seu coração de mãe que deixaram, pelo 10º ano consecutivo, Randy como coadjuvante na banca. Resultado final? Eles reconquistaram um antigo admirador do programa que tinha se entediado com um programa que valorizava muito a técnica e a excentricidade dos candidatos, escolhendo ídolos pouco ou nada mercadológicos. Por favor gente, se alguém espera que do Idol saia o próximo John Lennon ou um projeto de Etta James por favor, mudem de canal. O American Idol é sim uma fábrica de talentos e de cantores mas, acima de tudo, o programa é uma preparação para um artista completo de talento em voz, performance, musicalidade, emoção e principalmente ATITUDE. 

> O fato de que hoje em dia só restam 2 vencedores de fato relevantes no mercado americano (Kelly Clarkson e Carrie Underwood) mostra que nem sempre o objetivo do programa foi alcançado e além disso fica claro que mesmo que você tenha tudo, não há formula certa para o sucesso. Nesse ano eu estou colocando fé nesse novo corpo de jurados para perceber o que DE FATO o programa precisa e qual o tipo vencedor que deve sair dali. Eu não quero mais vencedores como o Kris Allen ou o Taylor Hicks e 2º colocados como a Crystal Bowersox e o Blake Lewis. Please America! Quanto aos candidatos desse ano, eu já tenho meus favoritos:


> Lauren tem só 16 anos e, além de linda e carismática canta muuuuito bem. Ela é a queridinha de Styven Tyler e no dia da audição dela ele soltou a previsão de que acha que ela ganhará o programa. Vamos ver no que dá né? Ela de fato tem um pouco de Clarkson mas tem seu pé também na música country então versatilidade é o que não falta. Go Lauren! James é pai, é casado, é um talento em cima do palco e... tem síndrome de tique nervoso. Isso mesmo! É meio bizarrinho um ídolo com tiques nervosos mas a voz super poderosa compensa. James tem estilo voz e estilo de Adam Lambert mas pode ganhar esse competição por não ter a desvantagem que Adam tinha em 2009: a sexualidade. Se eu vir uma final entre esses dois, tô com a vida ganha e motivação suficiente pra assistir várias outras temporadas. Que venham os próximos episódios \o/


13 de fev. de 2011

Made in U.K.


> Em 2008 surgiu uma voz potente, clássica e com um estilo que lembra as divas do blues e jazz das décadas douradas. Como assim? Amy surgiu em 2006! Tente novamente! A jovem britânica de 22 anos que aparece no #1 da parada de álbuns mais vendidos no Reino Unido também tem problemas com o álcool mas se distingue elegantemente do mito Amy Winehouse que permeia as manchetes dos trablóides britânicos há pelos menos 4 anos. Em 2011 ela voltou com tudo com o seu segundo cd entitulado 21, lançado no final de Janeiro no UK.


> Ela já chegou bem recebida com dois Grammys por Artista Revelação e Performance Vocal Pop Feminina na cerimônia do Oscar da música em 2009 e ainda participação no VH1 Divas no mesmo ano ao lado de com Kelly Clarkson, Leona Lewis, Jordin Sparks e Miley Cyrus. A crítica  abraçou, o público curtiu, mas o 19, lançado em 2008, mostrava uma Adele ainda jovem porém com muito potencial. É, pelo jeito, AGORA SIM! Desde o lançamento do primeiro single "Rolling In The Deep", só se fala nela na Europa e o próximo passo é a conquista dos Estados Unidos. Não, não é que as 900 mil cópias vendidas do seu cd de estréia por lá não falem por si só, é que agora Adele mostrou uma maior maturidade vocal, mais riqueza nas suas composições e uma escolha impecável de repertório que garante a 21 o título de um dos melhores álbuns femininos da história do Reino Unido. 


> Se a crítica não é suficiente pra justificar tamanha aclamação, talvez as 208,000 cópias vendidas na primeira semana em seu país falem alto, assim como os 5 #1 que ela conquistou com Rolling na Europa. Tudo está dando certo e a tendência é melhorar cada vez mais. Em dia de Grammy, falar sobre talentos puros e que falam mais alto que as curvas que se mostram parece o melhor caminho. Podem aguardar pelo menos 4 indicações ano que vem, mark my words! E o que o cd tem? Enquanto 19 era mais romântico e melódico, 21 tem mais pegada, bateria, ironia e sagacidade. "Rumour Has It", "Rolling In The Deep" e "Turning Tables" falam de um término de relacionamento confuso, intenso e problemático. Já as próximas faixas dão voltas e reviravoltas em um relacionamento que acaba finalmente em "Someone Like You" com um casamento e alguém que sofre por ser deixada pra trás. O que estará por vir no 23? Se vier recheado de faixas tão boas quanto "Set Fire To The Rain" e "Someone Like You" garanto que a história se repetirá.


> O clipe de Rolling In The Deep traz aquela mesma sofisticação e toque retrô que é típico do mercado musical britânico e está expresso na própria cantora: do seu penteado à maquiagem carregada, passando pelos quilos a mais que lembram uma época em que as grandes vozes vinham em porções maiores. O que é genial é ver que mesmo sem fazer Adele sair da cadeira, o diretor consegue dar ritmo e progressão ao single que traz contemporaneidade a uma música de base retrô. Pra quem quer ver Adele ao vivo, segue "Set Fire To The Rain" que é minha música preferida do cd. 



30 de dez. de 2010

Hello World


> People, people, people. Eu estive far far away e de férias de postar no blog. No entanto NEM PENSEM que eu desisti do blog e muito menos que não estive acompanhando as novidades do mundo musical. Claro, se eu fosse dedicar esse post a tudo que aconteceu nesses 2 meses sem postar, isso aqui daria umas 3 páginas. Portanto, vou aos poucos! Tá, então por onde começar? Vamos pelos graúdos primeiro? Ok! >>> GRAMMYS \o/

> De uns anos pra cá a cerimônia de anúncio dos indicados ao Grammy que é feita em Dezembro tá ficando toda produzida. Esse ano teve transmissão ao vivo pela CBS e foi feita em L.A. no dia 1º de Dezembro (reflitam sobre o meu atraso). O que posso dizer de maneira geral sobre o que aconteceu é que o Grammy já não é o mesmo de antes. Antigamente conseguir uma estatueta do "oscar da música" era, além de super importante, um privilégio reservado aos mais talentosos e aclamados mais pela crítica do que pelo público. Acontece que estamos em 2010, tempos de Gaga, Perry, Rihanna, Ke$ha e Bieber; e não é mais tão legal aplaudir uma academia que premia majoritariamente artistas que nós não conhecemos ou pelos quais não nutrimos nenhum tipo de carisma. Ok, mas será que isso justifica indicar o álbum de Justin Bieber a álbum pop do ano? Ou ainda álbum do ano a Katy Perry?

> Vocês escolhem! Ele mudou mesmo! O novo Grammy, sobretudo o de 2010, nem liga também pra re-indicar músicas já vencedoras de prêmios passados só porque ao final delas está escrito em parênteses LIVE. Ah, mas você tá falando de Halo, da vencedora maior da noite de 2010? Claro! Tinha outra música pra indicar não? Vai que ela ganha de novo? Talvez eu esteja sendo um pouco conservador, mas mesmo que eu seja muito familiarizado com as faixas dos tops e hots best of whatever, não significa necessariamente que eu considere essas faixas, álbuns e artistas os melhores do ano. Mas tá bom! Meu protesto acaba aqui. Vamos aos fatos? 

Canção do Ano [Artista]:
Nothin' On You - B.o.B. feat. Bruno Mars
Love The Way You Lie - Eminem feat. Rihanna
Fuck You - Cee Lo Green
Empire State Of Mind - Jay-Z feat. Alicia Keys
Need You Now - Lady Antebellum

Canção do Ano [Composição]:
Beg Steal Or Borrow - Ray LaMontagne
Fuck You - Cee Lo Green
The House That Built Me - Miranda Lambert
Love The Way You Lie - Eminem feat. Rihanna
Need You Now - Lady Antebellum

Álbum do Ano:
The Suburbs - Arcade Fire
Eminem - Recovery
Lady Antebellum - Need You Now
Lady Gaga - The Fame Monster
Katy Perry - Teenage Dream

Artista Revelação:
Justin Bieber
Drake
Florence & The Machine
Mumford & Sons
Esperanza Spalding

> Esse é o cobiçado quarteto de indicações mais importante da noite. Os queridinhos do ano de 2011 são Eminem com 10, Bruno Mars com 6 e logo atrás Lady Antebellum, Gaga e Jay-Z com 6 indicações cada. Pra quem quiser ver a lista completa dos indicados, vão no http://www.grammy.com/nominees. E as performances? Eu aposto que teremos Eminem, Bieber, Gaga, Katy, Drake, Bruno, Arcade, Mayer, Cee Lo, Antebellum e Florence. Alguém mais? O 53º irá ao ar no dia 13 de Fevereiro diretamente de Los Angeles, às 20h da costa oeste. Quem vai ver ao vivo comigo?

15 de nov. de 2010

99NOVAS


> Ok, ALGUÉM aqui não quer viajar 9 países em 99 dias com tudo pago por uma das maiores e mais premiadas agências de publicidade do país? E se ainda você tiver o "dever" (há!) de postar diariamente em um blog sobre as tendências dessas 9 cidades? Nova York, Londres, Paris, Milão, Barcelona, Mumbai, Bangcock, Xangai, Tóquio. Eu sei que essa seria a motivação que a maioria das pessoas teriam. Conhecer novos lugares, tirar muitas fotos, conhecer novas pessoas, enfim. E pra mim? O que realmente me motiva a querer viver esse sonho? A sonhar, planejar, almejar e se Deus quiser, GANHAR esse concurso?

> Como Publicitário, fica o desafio de realizar um trabalho excelente, impecável e digno de reconhecimento pra garantir que o meu talento chegue até São Paulo, sobretudo que ele chegue e fique na cidade chave do mercado publicitário brasileiro. Sim DM9, eu sou estudante de Publicidade, tenho 20 anos e BEM MAIS QUE 99 sonhos e ambições. Como pessoa, fica o desafio de conseguir extrair as melhores aventuras, experiências e recordações em meio aos 7 idiomas desses 9 países tão singulares e plurais e que são explosões de desenvolvimento, multiculturalidade e claro, NOVAS TENDÊNCIAS. Como cidadão global, entender, respeitar e apreciar as novas culturas, crenças, hábitos e belezas que o mundo tem a oferecer. E se o fato de trabalhar em uma organização global existente em mais de 100 países abrindo vagas para intercambistas trabalharem em Recife e desenvolver o seu potencial de liderança e o de vários outros jovens universitários não me faz o candidato ideal para essa atividade, então fico feliz de saber que ainda terei outros sonhos pra sonhar. 

> Fazer essa viagem é comprovar que cada vez mais o mundo fala a mesma língua e não estou falando do inglês ou qualquer outra gramática massificada. Tô falando da língua da inter-influência, da interatividade2.0, da tecnologia transpondo barreiras físicas, temporais e CULTURAIS. Fazer essa viagem é abrir portas, ou melhor, 9 PORTAS, para um fluxo de influências internacionais que confluirão no profissional que quero ser e reflitirá nas mensagens que pretendo COMUNICAR. Ser um verdadeiro COMUNICADOR é entender de pessoas, é ouvir pessoas, é observa-las é tentar entrar nas suas mentes e descobrir seus anseios, desejos e pontos de censura e rebeldia. O 99 NOVAS pra mim é tudo isso e um pouco mais. Abaixo segue minha carta de ataque. E que venha a glória!

31 de out. de 2010

De volta às origens


> Depois de fazer a camaleoa e provar que seu nome não é singular e sim plural, nada melhor do que voltar ao início, ao ponto de partida e cultivar as raízes que lhe renderam o sucesso. E é isso (e muito mais) que Shakira faz em Sale El Sol. Se a investida não fica clara com o merengue do primeiro single Loca, tem ainda Rabiosa e Gordita para te provarem que o sangue latino não saiu de lá. Ela mesma já disse que quando preparava o álbum se sentiu muito próxima do seu início de carreira, seja nas letras ou nos arranjos que diferem muito do som dance e por vezes reggaetônico que marcou She Wolf, seu último álbum de estúdio.  Acho que todos concordam que seu melhor talento como compositora é escrevendo em espanhol e quanto mais cotidianas e simples elas são, mais verdadeiras, e consequentemente bem-sucedidas, se tornam suas canções. Para os que se queixavam do abandono às raízes latinas e abuso dos quadris, tá aí a resposta. Tem Shakira para todos! Nos Estados Unidos o cd estreou em 7º lugar vendendo pouco mais de 46,000 cópias. O álbum também estreou em 1º em Portugal e na Espanha e alcançou o Top5 na França, Itália, Suíça, Áustria, Polônia, Rússia e Bélgica.


> Mas não é só de latinidade que o novo disco é feito. Das baladas com sonoridade peculiar através do uso de instrumentos menos óbvios que os utilizados por suas contemporâneas como Antes de Las Seis e Lo Que Más, às músicas puxadas pro Rock com bateria e guitarra mais agressivas como Devoción e Tu Boca, passando ainda pelas dançantes Addicted To You e Rabiosa, a Colombiana fala de amor de várias formas e ainda fala de futebol! Sim, a música que concorre ao título de hit do ano em vários países na Europa em 2010 e que permaneceu em #1 por 12 semanas no chart europeu não poderia ficar de fora: Waka Waka reaparece com novo arranjo mais coeso com a sonoridade do novo trabalho. Eu confesso que me viciei nas novas músicas e fiquei feliz em ver o progresso sonoro e lírico em relação ao último cd. Sale El Sol é curtinho, tem um pouco de modernidade e um quê de retorno às baladas românticas que hoje perderam lugar nas paradas e um argumento claro de que o talento corre das cabeça aos pés dessa mulher de pouco mais de 1,50m. Para quem ainda não entendeu a fórmula, eu ajudo: as coreografias são o convite, o corpo a vitrine e as letras são o coração. Alguma dúvida? Aparece em algum show da nova turnê e me diz o que achou.