25 de mai. de 2010

O FÊNOMENO GLEE!


> Falar de Glee hoje é praticamente chover no molhado. Quantos blogs por aí com conteúdo parecido com o do ChartFan publicam diariamente notícias de figurino, novas músicas, fofocas e fotos dos bastidores da série mais Pop (suuuuper pop) do momento? Pois é, me desculpem mas hoje não vou chover no molhado. Muito antes do seriado virar uma espécie de tributo a ícones Pop depois do muitíssimo comentado episódio de Madonna que resultou em um EP em 1º lugar na Billboard, milhões de dólares em propaganda devido à grande audiência do programa e outro episódio dedicado a outros artistas como Lady Gaga e Kiss (o último); Glee era apenas um seriado irônico, sagaz e que tinha tudo a ver com a contemporaneidade da sociedade americana. 


> Engana-se quem acha que Ryan Murphy escreve numa tentativa de se moldar ao estereótipo artificial e sem a mínima graça do tão uma vez consagrado e já ultrapassado High School Musical. Para quem conhece um pouco mais do seu trabalho, sabe que o buraco é mais embaixo. Um dos trabalhos mais elogiados do autor, a série Nip/Tuck trazia talvez a mesma dualidade com a qual Glee dialoga hoje: futilidade/profundidade. A série, que mostrava o cotidiano de dois cirurgiões plásticos, chegou à sua Season Finale no início do ano com formato desgastado e poucas novidades que, anteriormente, permeavam com vigor os mais de 100 episódios distribuídos em 6 anos de trajetória.


> O que dá pra sentir é que Glee caminha para um sucesso absoluto, chegando a virar uma daqueles febres como Hannah Montana, Jonas Brothers  e High School Musical. Acontece que, na minha opinião, assim como os filmes da Disney e outros estúdios de animação tão talentosos quanto, pouco há de ingenuidade na intenção de criação e nas mensagens ocultas no seu discurso. Glee ri da cara do otimismo, ironiza os clichês mais batidos e ainda, sob o olhar perceptivo de poucos, debate sobre a maior mazela da juventude americana de Burguer Kings, All Stars e grocery stores: a busca incansável por popularidade. A magia é exatamente essa: deixar as pessoas achando que são só números de dança, vocais mega afinados, cabelos lindos e corpos esculturais. Enquanto isso, eu fico aqui só observando.


> A última conquista da série é um projeto arriscado e que chegou na hora certa: a turnê. Como se não fosse o bastante, a Globo tá só esperando a melhor hora pra lançar a série aqui no Brasil (aposto minhas fichas que começará nas férias). E assim vai... já são mais de 1,5 milhão de cópias vendidas nos Estados Unidos, 2 cds estreando em 1º lugar, 2 estreando no top5, top 5 também para os 3 cds lançados no U.K. e os jovenzinhos não tão jovenzinhos assim vão somando capas de revista, participações em programas e por que não: Globos de Ouro (que venha o próximo).

3 comentários:

Jessica Schmitz disse...

Sou suspeita pra falar de Glee XD ^^. Mas gostei do que tu falou Jam (ou pelo menos foi o que eu entendi)... Não há nada de superficial em Glee ^^ mas obviamente foi feito pra se ganhar dinheiro XD. Só que eles fazem bem feito ;) e vou amar se a tour vier pro Brasil ;)

Unknown disse...

De certa maneira fiquei interessado e, ao mesmo tempo, totalmente o contrário. =P...mas, nesses tempos modernos, o que me custa conferir??

Michael Matos disse...

É.. se engana quem pensa q Glee é o High School Musical 2.0... É fofo, é engraçado, é irônico. Por isso q eu amo ^^
p.s. raspa-raspa de uva na cara de qm não gosta.