OS 15 CLIPES MAIS IMPACTANTES DA DÉCADA

> Eu admito, sou apaixonado por videoclipes, afinal, A GRANDE MAIORIA deles, consegue elevar a música a outro nível e trazer uma interação e identificação muito maior com as pessoas. Porém, devo admitir que alguns conseguem até mesmo estragar uma grande música e a imagem de um artista, vinculando um trabalho (muitas vezes bom musicalmente) a uma péssima projeção visual. De Thriller (1983) para cá, as tecnologias modificaram, as técnicas se aprimoraram, e o formato saturou. Resultado: fomos bombardeados com videoclipes de formatos repetitivos, clichês e às vezes excessivamente apelativos. Por outro lado, presenciamos verdadeiras obras de arte da perfeita junção entre música e cinema que nos fizeram visualizar em apenas 4 minutos toda a atmosfera que envolve não só aquela música, mas também o álbum a ser divulgado pelo artista. Hoje em dia, tanto já foi feito que o inédito se torna quase impossível, por isso, achar a química perfeita para atingir o grande público e tornar o vídeo algo clássico e atemporal É UMA GRANDE TAREFA. Ainda assim, os videoclipes continuam sendo tática quase obrigatória na divulgação de novos trabalhos, tendo a capacidade de levar a milhões de telespectadores e, mais recentemente, internautas, o aparato lúdico que um clipe musical pode trazer.

> Então, por tais motivos, fiz uma lista com 15 dos que eu acredito serem OS 15 CLIPES MAIS IMPACTANTES DA DÉCADA. 

1. Beyoncé - Single Ladies (2008)

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> Ok, essa até ficou fácil. Eu jamais vi, em 20 anos de existência, tamanha comoção e efeito viral envolvendo um videoclipe como houve com Single Ladies (é, façam as contas, eu nasci depois de Thriller). Quem ainda não tentou imitar os passos do clipe tente agora! Foi em Outubro de 2008 que Beyoncé gravou, despretenciosamente, o mais simples e mais barato videoclipe da sua carreira. Resultado: visto por mais de 333 milhões de usuários, Single Ladies foi o 2º vídeo mais visto do ano no Youtube. Além disso, todos nós sabemos que, se os números de acesso do clipe oficial fossem somados aos de todas as outras versões amadoras e até mesmo das gravadas em programas e seriados de TV no mundo todo, Single Ladies ficaria tranquilamente (e por uma grande vantagem) no posto de vídeo mais acessado do ano e porque não dizer da década?

2. Lady Marmalade - Christina Aguilera, Pink, Mya e Lil' Kim (2001)

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> Lady Marmalade, hit de 2001 e trilha sonora do filme Moulin Rouge, é também a canção vencedora do Grammy de Melhor colaboração vocal pop em 2002. O clipe, dirigido por Paul Hunter, deu toda a atmosfera do musical estrelado por Nicole Kidman e ajudou MUITO para que a música chegasse ao topo das paradas na Austrália, Estados Unidos, Alemanha, Irlanda, Nova Zelândia, Noruega, Espanha, Suíça, Suécia e  Reino Unido (UK). Originalmente, a música foi gravada por Labelle (grupo feminino da década de 70) e alcançou o topo da Billboard nas duas versões, tendo a última permanecido no topo por 5 semanas e sido produzida por Missy Elliott, que participa da faixa e do clipe também.

3. Avril Lavigne - Complicated (2002)
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> Sua tentativa de parecer super Rock'n Roll e cheia de atitude rebelde, não condisse NEM UM POUCO com os versos pop e vocais mais açucarados ainda de Complicated, mas, que bom né? Afinal, caso a sua música representasse fielmente o seu discurso arquitetado pela equipe de marketing da gravadora quando a lançou, Lavigne [até então com 17 anos] não teria virado parte da cultura de massa e sido capa da 'Capricho', 'Todateen', 'Atrevida' e até das revistas de horóscopo com um megaposter grátis. Avril virou feeebre no Brasil e todos os seus singles fizeram sucesso por aqui, principalmente os dos seus 2 primeiros álbuns. Resultado? Vendas de mais de 18 milhões de cópias do seu álbum de estréia, Let Go.

4. Evanescence - Bring Me To Life (2003)

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> "Wake me up inside, wake me up inside, call my name and save me from the dark". Todo mundo que tinha entre 10 e 15 anos em 2003, quando o Evanescence surgiu e estourou, ouviu o refrão viciante dessa música. A banda ganhou o Grammy de 'Artista Revelação' e o de 'Melhor Canção Hard Rock' (com Bring Me To Life) em 2004 e vendeu mais de 15 milhões de cópias do seu álbum de estréia, Fallen. Evanescence teve o timing perfeito para explodir no cenário musical e adentrar no mundo pop, materializando na voz de Amy Lee e participação de Paul McCoy, um dos maiores sucessos da década [ganhando versão até de Sandy e Junior].

5. Christina Aguilera - Dirrty (2002)

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> Safada, puta, vadia, cachorra. Ela foi chamada de tudo isso quando resolveu abrir a boca, expressar a sua sexualidade e fugir de vez da explosão pop-chiclete que a levou rumo ao estrelato. Vocês concordam comigo que os tempos mudam nossos valores e fazem nós nos adaptarmos cada vez mais ao nosso cotodiano? Já imaginaram se Lady Gaga tivesse surgido em 1999? Ou se Aguilera tivesse lançado Dirrty em 2010? Pois é, a verdade é que Dirrty, assim como I'm A Slave 4 U, de Britney Spears, marcaram o fim da era garotinhas-virgens e o início do uso da sexualidade como ferramenta para garantir o sucesso da nova geração de cantoras pop, seguindo quase os mesmos polêmicos trilhos da rainha do pop Madonna. Aguilera está hoje numa posição totalmente diferente da sua carreira e já deixou claro que Dirrty representa apenas uma faceta da sua personalidade. Gostem ou não, toda a controvérsia gerada na era Stripped, seu 2º álbum, rendeu a ela mais de 11 milhões de cópias vendidas. 

6. Shakira feat. Wyclef Jean - Hips Don't Lie (2006)

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> Muitos morderam a língua ao tentar prever o fim de Shakira após o sucesso estrondoso do Laundry Service, [seu primeiro álbum em inglês, lançado em 2001]. So sorry, porque Shakira lançou em 2006 a melhor tática para reavivar o lançamento do seu segundo álbum em inglês Oral Fixation, Volume 2: um single em colaboração com Wyclef Jean (hit maker da década de 90) reunindo elementos da música colombiana, do hip hop e do reggaeton. No clipe Shakira aparece dançando, algo que sabe fazer como ninguém. A canção é, segundo o site Mediatraffic [fonte não-oficial] a segunda canção com mais pontos acumulados no top40 da década, atrás apenas de Apologize, colaboração de Timbaland com OneRepublic. 

7. Madonna - Hung Up (2005)

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> Talvez alguns de vocês não saibam, mas, Hung Up fez Madonna entrar no livro dos recordes por chegar ao topo dos charts em 45 países! Além disso, trouxe a rainha do pop de volta ao sucesso em vendas de singles e álbuns, algo que havia sido interrompido pelo flopado 'American Life', de 2003. O clipe, como é de praxe quando se fala de Madonna, foi uma grande produção que contribuiu bastante para o sucesso da, considerada por muitos, melhor faixa dance da década, que reúne uma vibe retrô dos grandes hits dance da década de 80, com a ajudinha do sample do sucesso do ABBA 'Gimme, Gimme, Gimme (A Man After Midnight)'. O vídeo de Hung Up foi projetado para ser uma homenagem a John Travolta e seus famosos passos consagrados no filme "Nos Embalos de Sábado à Noite" e o rádio que Madonna utiliza para sua dança sexy em penumbra, virou a marca do clipe e da era do cd Confessions On A Dance Floor (2005), sendo utilizado também nos shows da turnê The Confessions Tour.]

8. Linkin Park - In The End (2001)
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> Modinhas sempre vão existir, já me conformei. Linkin Park, não foi diferente, com In The End, 3º single do álbum Hybrid Theory (2000), eles estouraram no Brasil e foi um hit atrás do outro. O extinto Disk MTV virou residência quase fixa deles, do The Calling e de Avril Lavigne nessa década. Os vocais inspirados nas grandes bandas de heavy metal não impediram o LP de alcançar o público pop e, principalmente, TEEN. A maioria de nós virou sim apreciador de new metal, não importando se anos antes fazíamos coreografias de NSYNC e Backstreet Boys em casa. Infelizmente, todas as modinhas são assim: fazem-nos ignorar nosso estilo predominante e passar a admirar o artista que está bombando no momento, não importando se 2 anos depois vamos sequer lembrar que ele existiu. Nota: Hybrid Theory vendeu mais de 24 milhões de cópias no mundo todo. 

9. Eminem feat. Dido - Stan (2001)

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> O maior artista da década nos Estados Unidos, segundo a Billboard, foi Eminem. Se ele pudesse ser representado por apenas uma palavra, seria polêmica. Stan, grande sucesso da sua carreira, é, mais uma vez, uma demonstração do poder do rapper em gerar tumulto e trazer uma discussão a cerca de um tema [quase sempre polêmico]. No clipe, a obsessão do fã pelo seu ídolo se mostra tão doentia que acaba em morte de Stan e da sua namorada, representada no vídeo pela cantora Dido, que chegou ao estrelato graças a Eminem [Stan contém um sample do seu single Thank You, carro-chefe do seu álbum de estréia No Angel]. O vídeo é brilhante, assim como a química entre o rap de Eminem e os vocais suaves de Dido. 

10. Destiny's Child - Independent Woman Part 1 (2000)

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> "Good morning angels, good morning charlie!" A frase que virou bordão graças ao sucesso do seriado As Panteras da década de 70 e com posterior adaptação para o cinema em 2000, também está presente no clipe do primeiro single do cd Survivor, lançado em 2001 (3º da carreira do grupo). Independent Woman Part 1 ficou no topo do Hot100 da Billboard por 11 semanas e além de divulgar o filme, mostrou ao mundo a nova formação (finalmente a última) do Destiny's Child. A adaptação para o videoclipe encaixou perfeitamente na temática do filme de ação que unia protagonistas sobretudo sexy e com personalidade forte. Não poderia ter dado em outra coisa né? Sucesso !

11. The Calling - Wherever You Will Go (2001)
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> No Brasil, conseguir ser a trilha sonora dos protagonistas de uma novela de sucesso é uma verdadeira mina de ouro. As novelas da Globo, sobretudo as do horário nobre, são um verdadeiro expoente musical, uma prova disso é que Halo, [trilha sonora de Caminho das Índias] que dominava as paradas brasileiras por meses, foi substituída recentemente por I Want To Know What Love Is, de Mariah Carey [trilha sonora da nova novela das 9 Viver a Vida]. Com The Calling o feito foi de grande mérito já que se tratava de uma trilha da novela das 6, Coração de Estudante (exibida em 2002). De qualquer forma, a banda conseguiu emplacar vários hits no Brasil como Adrienne, Could It Be Any Harder e até For You, trilha sonora de Demolidor (2003). No segundo cd, ainda em evidência, o sucesso foi menor, mas ainda conseguiram usufruir dos benefícios daquela febre iniciada com a inclusão da música na novela.

12. Britney Spears - I'm A Slave 4 U (2001)
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> Falem o que quiser de Britney! Vocês podem odiá-la, não gostar das suas músicas, achá-la um lixo e constatar [assim como qualquer ser remotamente entendedor de música] que ela é muito mais dançarina do que cantora, mas, é inegável o seu impacto nessa década, devido, em grande parte, aos seus videoclipes bem produzidos. I'm A Slave 4 U foi o primeiro single de Britney, seu 3º álbum de estúdio e marcou o fim da sua postura 'garotinha virgem' e nova imagem de 'garota-fatal-com-piercing-no-umbigo'. É importante lembrar também que, mesmo sem emplacar hits em larga escala desde Baby One More Time, Britney conseguiu ser heroicamente, a maior vendedora de discos da década (se adicionadas também as vendas do seu primeiro álbum).

13. Usher Feat. Ludacris - Yeah! (2004)

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> Yeah! virou parada obrigatória na playlist de todos os dj's de casas noturnas em 2004. Assim como é parada obrigatória em paradas que contemplem sucessos dos anos 2000. Yeah! é, sem dúvida, o maior hit de RnB e Hip Hop da década e o responsável por revelar o, citado por muitos, sucessor de Michael Jackson do século XXI. A prova disso? Além dos passos perfeitamente coreografados, Confessions, 4º álbum da sua carreira, foi o 2º álbum mais vendido da década com mais de 20 milhões de cópias vendidas. Hoje a gente vê que esse fenômeno não durou muito tempo, porém, Usher permanece sendo um artista respeitado e o melhor representante do RnB masculino atualmente. 

14. Beyoncé feat. Jay-Z - Crazy In Love (2003)

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> Beyoncé, de novo? Fazer o que? Crazy In Love marcou o início da carreira solo da líder do Destiny's Child. A colaboração com Jay-Z veio em ótima hora e fez com que Beyoncé surgisse como o novo rosto feminino do RnB, que esteve, até então, predominantemente representado por homens. O sucesso de Crazy In Love e do álbum Dangerously In Love, abriu portas para Ashanti, Ciara e Rihanna, sucessoras que tentaram repetir os números de Bey. A participação com Jay-Z ganhou 3 VMA's em 2003, 1 Grammy e permaneceu no topo do Hot100 da Billboard por 8 semanas.

15. Rihanna feat. Jay-Z - Umbrella

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> Jay-Z aparece novamente na lista fazendo o que ele sabe de melhor: colaborar na criação de mega hits Pop/RnB. Umbrella, ella, ella, eh, eh, eh, imortalizada na voz nasal de Rihanna, foi o grande hit de 2007 e trouxe a cantora de Barbados aos holofotes. Apesar desse ser o 1º single do seu 3º álbum em menos de 3 anos, Good Girl Gone Bad foi o primeiro álbum projetado com divulgação internacional e com produção e orçamento condizentes com tal pretensão: tornar Rihanna uma popstar. Resultado obtido, os próximos singles vieram para assegurar que o álbum vendesse bem e garantir que a sua carreira tivesse longevidade, ao contrário dos comuns "one hit wonders", que explodem na mesma velocidade com que se apagam no fluxo incessante da mídia.