3 de abr. de 2010

Descobertas agradáveis

Mat Kearney


> Minha relação musical com Mat Kearney começou em maio de 2009. Estava eu esperando a banda pebinha de abertura do show de Keane ajeitar o palco e retirar os instrumentos pra eu finalmente ver a MINHA banda tocar. Eis que entra no palco outra banda, 15 ou 20 minutos depois e, para minha surpresa, NÃO ERA O KEANE!! Putz, que m***** hein? Mas tudo bem, vamos ouvir. Era Mat Kearney. Eu mal sabia pronunciar seu nome, que dirá saber as letras. Fato é que me identifiquei muito com as músicas e fiquei super no clima como se fosse fã. Não deu em outra, depois dos 50 minutos de show seguidos de 1 horas e meia de Keane [maravilhosas por sinal], fui pra fila de compras e tasquei uma cópia do City Of Black & White por $10.

> E como foram bem gastos! James Blunt, Coldplay, Lifehouse, um pouquinho de Keane no início da carreira, um bocadinho de The Fray. Todos esses nomes pra mim ecoam nostalgia, emoção, reflexão e um cheirinho de tristeza. O gosto de Mat Kearney é esse. Eu sei, não posso colocá-lo no patamar de grandes artistas conhecidos e com contratos privilegiados em grandes gravadoras, mas, o que posso garantir é que suas letras e melodias são ótimas. Tá bom, devo avisar que a sequência do cd cai numa monotonia melódica e as músicas são até confundíveis, mas, o trabalho é todo autoral, e muito agradável, com gostinho de trilha sonora.



> Voltando pro Brasil, fui pesquisar mais sobre a sua carreira e vi que há anos ele batalha pra conseguir um espaço maior e com mais representatividade no cenário musical mais competitivo do mundo. O que ouvi sobre sua carreira é que no início seu estilo se aproximava mais de um Jason Mraz mais adulto e agora passou pra um The Fray com voz de Chris Martin. Nesse cd, Closer To Love [clipe aqui] foi o primeiro single que virou clipe e tocou razoavelmente nas rádios americanas, enquanto All I Have teve o clipe lançado em fevereiro desse ano [clipe de All I Have]. Resumindo, recomendo a quem curte esse estilo pop-romântico meio acústico. Eu adoro e ouço o cd de Mat Kearney sem pular uma música sequer.

Diane Birch


> Por favor, sem rótulos. Nos vocais femininos é difícil não tentar comparar as novas às veteranas. Mas, nesse caso, as veteranas comparáveis a ela nem estão na ativa, então vamos tentar. Diane Birch abriu o show de James Morrison em Maio do ano passado em Toronto. Eu estava lá. A casa de show cabia 800 pessoas e eu, mais uma vez, não fazia a menor idéia de quem ela era. Tímida, com o já característico chapéu preto, e dominando o piano, ela entrou e soltou a voz. A primeira reação: você é esquisita. A segunda: gostei de você. 

> Vocês lembram de Joss Stone? Quando ela surgiu no meio musical foi chamada de a nova voz do Jazz, do Soul, promissora, com o espírito das grandes cantoras das décadas de 60 e 70. Birch vem no mesmo embalo. Aclamado pela crítica, o seu primeiro cd Bibble Belt, lançado pela S-Curve Records [a mesma gravadora que lançou Joss Stone] foi parar no top10 do iTunes antes mesmo de ser lançado. Ok, os comentários a respeito de vendas acabam por aqui, afinal, não é esse o propósito dela e, por isso, os números são bem modestos.


> Mas SO WHAT? Diane é talentosa, começou a carreira há pouco tempo e tem uma grande estrada pela frente. Não acredito que ela chegue a ser conhecida fora dos Estados Unidos mas, caso seja, com certeza não será por polêmicas e clipes com pouca roupa, mas sim por comparações a cantoras como Amy Winehouse e como já disse, Joss Stone. Viciei em Fire Escape mas as apostas pra single foram Nothing But A Miracle [clipe no Youtube] e Valentino. 

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