13 de fev. de 2011

Made in U.K.


> Em 2008 surgiu uma voz potente, clássica e com um estilo que lembra as divas do blues e jazz das décadas douradas. Como assim? Amy surgiu em 2006! Tente novamente! A jovem britânica de 22 anos que aparece no #1 da parada de álbuns mais vendidos no Reino Unido também tem problemas com o álcool mas se distingue elegantemente do mito Amy Winehouse que permeia as manchetes dos trablóides britânicos há pelos menos 4 anos. Em 2011 ela voltou com tudo com o seu segundo cd entitulado 21, lançado no final de Janeiro no UK.


> Ela já chegou bem recebida com dois Grammys por Artista Revelação e Performance Vocal Pop Feminina na cerimônia do Oscar da música em 2009 e ainda participação no VH1 Divas no mesmo ano ao lado de com Kelly Clarkson, Leona Lewis, Jordin Sparks e Miley Cyrus. A crítica  abraçou, o público curtiu, mas o 19, lançado em 2008, mostrava uma Adele ainda jovem porém com muito potencial. É, pelo jeito, AGORA SIM! Desde o lançamento do primeiro single "Rolling In The Deep", só se fala nela na Europa e o próximo passo é a conquista dos Estados Unidos. Não, não é que as 900 mil cópias vendidas do seu cd de estréia por lá não falem por si só, é que agora Adele mostrou uma maior maturidade vocal, mais riqueza nas suas composições e uma escolha impecável de repertório que garante a 21 o título de um dos melhores álbuns femininos da história do Reino Unido. 


> Se a crítica não é suficiente pra justificar tamanha aclamação, talvez as 208,000 cópias vendidas na primeira semana em seu país falem alto, assim como os 5 #1 que ela conquistou com Rolling na Europa. Tudo está dando certo e a tendência é melhorar cada vez mais. Em dia de Grammy, falar sobre talentos puros e que falam mais alto que as curvas que se mostram parece o melhor caminho. Podem aguardar pelo menos 4 indicações ano que vem, mark my words! E o que o cd tem? Enquanto 19 era mais romântico e melódico, 21 tem mais pegada, bateria, ironia e sagacidade. "Rumour Has It", "Rolling In The Deep" e "Turning Tables" falam de um término de relacionamento confuso, intenso e problemático. Já as próximas faixas dão voltas e reviravoltas em um relacionamento que acaba finalmente em "Someone Like You" com um casamento e alguém que sofre por ser deixada pra trás. O que estará por vir no 23? Se vier recheado de faixas tão boas quanto "Set Fire To The Rain" e "Someone Like You" garanto que a história se repetirá.


> O clipe de Rolling In The Deep traz aquela mesma sofisticação e toque retrô que é típico do mercado musical britânico e está expresso na própria cantora: do seu penteado à maquiagem carregada, passando pelos quilos a mais que lembram uma época em que as grandes vozes vinham em porções maiores. O que é genial é ver que mesmo sem fazer Adele sair da cadeira, o diretor consegue dar ritmo e progressão ao single que traz contemporaneidade a uma música de base retrô. Pra quem quer ver Adele ao vivo, segue "Set Fire To The Rain" que é minha música preferida do cd. 



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